Acordei molhado. Da
cama pingava um liquido viscoso, meu pulso pulsava lento.
Meio tonto, eu olhava
da cama, o que estava na mesa, fechava os olhos com força, me
assustava, mas não podia me mover.
Balançava os pés,
olhando-me com sorriso chacal.
A luz turva caia no
quarto, e meu calor me dava adeus.
O suor começava a sair
frio, enquanto os olhos me olhavam, a luz diminuía, e ela se
aproximava, parecia não tocar o chão, levitava lentamente, não
havia som... Ela se aproximava, deitava ao meu lado, acariciando meu
cabelo, na velocidade do pulso...
Parou, pôs-me no colo
e levou-me consigo
O diário de um
passageiro