terça-feira, 16 de novembro de 2010


Antes das onze,
Mesmo sem sono, fui deitar
Apesar do calor incessante, lá fora chovia. Pelas brechas das janelas a chuva entrava, corria pela parede que já estava gélida e úmida.
E eu de cá, escutava o barulho da chuva, com eisley
Queria que o sono viesse, mas nem sinal dele.
Levantei e fui pro chuveiro, a água quente me incomodava, mudei para o frio... Sai logo depois.
Voltei pra cama, pensava numa porção de coisas, pessoas, histórias.
Fiquei na frente do espelho, não... Isso não é uma raridade
Fiquei lá por um tempo... Sai, desejei entorpecentes. Eu estava mal.
Tive um dia bem cansativo, não vi ninguém conhecido, conheci algumas pessoas de um novo grupo de qual agora eu participo.
Caos, alucinação, enjôos, calor.
Os remédios tardavam para fazer efeito, não... Não eram os entorpecentes que eu desejava outrora.
A fumaça do incenso estava mais forte, lembrei de uma amiga minha que fumava,
Deu saudade, quis vê-la.
Queria ver um bocado de gente, que eu nunca mais tinha visto, nem sei se voltarei a ver
E isso me incomodava
Mas pra minha surpresa, a esta altura, meus olhos já estavam cansados, meu corpo pesado e minha mente queriam descansar.
O sono havia chegado
E já era tarde, nem tinha percebido... Mas muito tempo tinha passado desde às onze.

Era uma vez...
Uma menina indecisa
Que queria muitas coisas
Que não estavam no mesmo caminho, e por isso
Não sabia aonde ia, mas sabia muito bem o queria... E era muito.
As pessoas não a entendiam, mas ela tratava de se acostumar
Afinal, ela também precisava acostumar-se a si mesma.
Muitas pessoas pensavam de uma forma pequena, e isso as diferenciava de dorah,
Pelo menos era o que ela achava.
Sentia falta dos tempos que se foram... Aqueles que nunca voltariam
Naquele tempo a vida não era levada a serio, não por ela, não havia tantas responsabilidades.
Será que era mais sincero? Mais verdadeiro talvez?
Hoje havia dor
Era saudade, amor perdido, paixões... Que sempre machucavam Dorah.
Mas ela sempre tinha uma saída... Ela tinha um mundo só dela.
E Não venha me perguntar como,
Dorah era diferente das outras meninas, ela era especial.
E as dores não entravam no mundo dela, elas não tinham entrada, nem passaporte.
Dorah não permitia... Não aceitava, ela sofria, ela amava, ela cantava como todas as meninas, mas não era igual.
Às vezes ela escrevia, mesmo sabendo que ninguém leria, mas era uma forma de por pra fora o que estava dentro,
Quando o sono chegava, olhava a lua pela janela do quarto. Quando o céu estava nublado, olhava o movimento das nuvens,
Ela vivia em dois mundos... Um deles eu conheço.
Mas com essa dor que tenho em meu peito, o outro... Eu nunca poderei conhecê-lo.
Porque as dores, nunca entrariam por lá.