domingo, 20 de setembro de 2015

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O que levar na bagagem?



                   Em casos de despedidas já ajeito o coração e me preparo para o que vier.

Em épocas de mudanças, ter que encarar o incerto é a única certeza que temos e analisar o que levar nessa viagem louca da vida faz-se necessário.

Ir embora... Ter que dizer adeus a um tanto de coisa. Despedir de pessoas que deixaremos um pouco de nós e levaremos um pouco delas consigo. Pessoas que talvez um dia conte delas para seus filhos ou lembrar-se delas quando um dia sem querer encontrar fotos antigas num álbum velho.

Para o que dizer adeus? Para coisas ruins que não voltarão, as angústias, pesadelos e dores, dizer adeus para cada vez que não desejou estar ali e quis gritar e sair em busca de felicidade, de liberdade. Dar adeus ao “lugar vago” que na verdade não era seu... Entender que você só esteve ali de passagem.

Mas, nas malas irão muito mais que pertences, mas perspectivas e lembranças do que se viveu e a saudade, que te juro que vai aumentar, da mãe, pai, irmãos, dos ursos que ficam sobre a cama, até das conversas tolas dos dias tediosos.

Aquela certeza que tudo vai mudar...

O apego do ‘‘óculos de formatura” é ilusório, podes crer! Mas, aprendemos com Exupéry que o essencial que é invisível aos olhos, não se perderá com a passagem do tempo.

E de antemão, te aconselho, as coisas boas não precisa por na bagagem, apenas leve no coração para não pesar as malas. No seu coração caberá de bom tamanho e ainda sobrará espaço, pois quando se trata de coração não são tão simples quanto pensam... E ainda mais o seu.

Espero ter um lugarzinho nele, pois sei bem que deve ser um lugar bem bonito de se estar.

Capsula destinada a Alê.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Pelo lado de dentro de casa...

 eu escutava algo que se arrastava lá fora, aproximei-me devagar da velha porta e pressionando o rosto contra a frieza da noite, encostei meu olho pelo buraco da fechadura. Naquele momento, me arrependi de estar ali.
Diante daquela visão, as mãos começaram a ficar trêmulas e frias, o medo sucumbia meu corpo, que não conseguiu se mover ao sentir o sopro ao pé do ouvido direito, não havia saída.
O que se arrastava ficou de frente para a porta, e apesar de não ter visto olhos em seu rosto... Ele me observou.
E sem ver seus lábios, eu sabia que ele sorria... Um sorriso gelado
Um presente para mim.




O diário de um passageiro

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Do lado esquerdo

Dizem que o tempo nos marca... Concordo
Mas em outros aspectos o que nos marca mesmo,
São as pessoas que aparecem nesse espaço de tempo chamado de vida...
Tantas pessoas passam por ela, nos mudando, nos transformando, levando e deixando uma parte de si...
Uma força maior que junta personalidade, energia e conhecimento.
Mundos diferentes que se misturam e se combinam
E as vezes nos deparamos com perguntas simples como: O que são amigos? Eu acredito que são pessoas que estão ao nosso lado, as vezes estando longe, mesmo não se vendo todos os dias, pessoas que nos apoiam, que nos põe apelidos, que as ligamos só para dizer: "tá fazendo o que ai?" ou "tu não sabe quem eu acabei de vê agora", haha pessoas que amamos e queremos bem, sem ter laços de sangue...
O tempo traiçoeiro, assim como mostra essas pessoas ele também as afastam...
Iremos levar na lembrança, algumas delas que de agora em diante irão seguir seu caminho.
Mas aqueles que realmente cativaram... Permanecerão e estarão contigo para sempre!




Pequena cápsula destinada a Evangelista.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Ouvir estrelas não foi por acaso

Do acaso que o trouxe
Ô moço, que encantador são seus olhos doces
Tanta coisa entre a gente parecida, você lembra? E eu diria: acaso
''Ouvir estrelas'' um comum tão raro, e eu diria, acaso
E conhecendo pouco, não sei como isso pode ser.
Quem mandou essas notícias pelos ventos do sul? E que distância é essa que cabe entre nós?
Há pouco eu tinha me esquecido desses acasos, mas os ventos que me sopravam ao pé do ouvido na noite passada dizia o seu nome, contava alguma coisa de outrora, coisas que ficaram nas marcas do tempo e elas diziam que queriam voltar.
Acaso?
Mas esses olhos doces me são conhecidos
Eles parecem ter o poder de desnudar mentes...”Marcas de Ayer”
Já nos encontramos moço
E agora, pode ser chamado de acaso
Mas, já nos encontramos longe daqui

E, apesar dessa distância já entendemos e ouvíamos juntos as estrelas.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Indo embora


Pegando as malas e as lembranças
E no meio das mudanças e dos paradigmas o tempo escolhe o que vai e o que precisa ser deixado para trás...
Nunca paramos de crescer...
Mas como saber se está crescendo certo? O que é ser gente grande?
O Tempo esse deus arrasador
Esse deus que só passa, mas que sua passagem
Nos muda e nos destrói
Nos envelhece.
Quem estabeleceu o jeito certo de envelhecer, errou.
O que cada um leva nas malas difere de um para o outro, será que há um jeito certo mesmo?
Envelhecer sendo um pouco de menina e menino para mim é bonito.
Pois, haverá menos lembranças
Talvez não há respostas para algumas perguntas
Mas, sei que todos os dias partes de nós vão embora.
Não é fácil dar adeus para elas
Mas, o deus Tempo os arrasta, sem direito a escolha...
Sem tempo para o adeus...

Sem tempo para nada.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Até mais.

Desde criança esperamos coisas da vida, esperamos que coisas que queremos aconteça.
Mas, e quando acontece o que a gente não quer? Pode ser egoísmo, pode ser, Raul disse que todo mundo é.
E agora, logo agora, uma despedida. Não estou preparada, nunca estarei.
Despedidas... As odeio tanto que se pudesse me dividiria em várias e acompanharia as pessoas que amo quando essas decidissem partir para a outra rua, para outra cidade, para outro estado.
Meu amigo, isso não é fácil...
Meu amigo, isso não é fácil e ainda mais para quem fica.
A vida é marcada por momentos, como uma estrada
Nessa estrada várias estacas definem um marco, um acontecimento.
Esse é um simbolo.
E pessoas ao redor vão achar que é pouca coisa, mas não é... É um fim.
Uau, me sinto como uma adolescente me despedindo da adolescência, talvez tenha um ''que'' de adolescência indo embora, um ''que'' de tudo.
Despedidas... É um momento de divisão, mas também de troca, lembranças, conversas, histórias, é um marco na estrada da vida, da minha.
A estaca que foi cravada é profunda, criou raízes e há dor para isso, só eu sinto.
O tempo é água e ar... não se pode agarrá-lo e guardá-lo para si, por mais que tente-o prender, ele se vai... Assim como tudo...

Mas este marco vai estar enraizado em mim... Para sempre