segunda-feira, 21 de abril de 2014

Pelo lado de dentro de casa...

 eu escutava algo que se arrastava lá fora, aproximei-me devagar da velha porta e pressionando o rosto contra a frieza da noite, encostei meu olho pelo buraco da fechadura. Naquele momento, me arrependi de estar ali.
Diante daquela visão, as mãos começaram a ficar trêmulas e frias, o medo sucumbia meu corpo, que não conseguiu se mover ao sentir o sopro ao pé do ouvido direito, não havia saída.
O que se arrastava ficou de frente para a porta, e apesar de não ter visto olhos em seu rosto... Ele me observou.
E sem ver seus lábios, eu sabia que ele sorria... Um sorriso gelado
Um presente para mim.




O diário de um passageiro

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Do lado esquerdo

Dizem que o tempo nos marca... Concordo
Mas em outros aspectos o que nos marca mesmo,
São as pessoas que aparecem nesse espaço de tempo chamado de vida...
Tantas pessoas passam por ela, nos mudando, nos transformando, levando e deixando uma parte de si...
Uma força maior que junta personalidade, energia e conhecimento.
Mundos diferentes que se misturam e se combinam
E as vezes nos deparamos com perguntas simples como: O que são amigos? Eu acredito que são pessoas que estão ao nosso lado, as vezes estando longe, mesmo não se vendo todos os dias, pessoas que nos apoiam, que nos põe apelidos, que as ligamos só para dizer: "tá fazendo o que ai?" ou "tu não sabe quem eu acabei de vê agora", haha pessoas que amamos e queremos bem, sem ter laços de sangue...
O tempo traiçoeiro, assim como mostra essas pessoas ele também as afastam...
Iremos levar na lembrança, algumas delas que de agora em diante irão seguir seu caminho.
Mas aqueles que realmente cativaram... Permanecerão e estarão contigo para sempre!




Pequena cápsula destinada a Evangelista.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Ouvir estrelas não foi por acaso

Do acaso que o trouxe
Ô moço, que encantador são seus olhos doces
Tanta coisa entre a gente parecida, você lembra? E eu diria: acaso
''Ouvir estrelas'' um comum tão raro, e eu diria, acaso
E conhecendo pouco, não sei como isso pode ser.
Quem mandou essas notícias pelos ventos do sul? E que distância é essa que cabe entre nós?
Há pouco eu tinha me esquecido desses acasos, mas os ventos que me sopravam ao pé do ouvido na noite passada dizia o seu nome, contava alguma coisa de outrora, coisas que ficaram nas marcas do tempo e elas diziam que queriam voltar.
Acaso?
Mas esses olhos doces me são conhecidos
Eles parecem ter o poder de desnudar mentes...”Marcas de Ayer”
Já nos encontramos moço
E agora, pode ser chamado de acaso
Mas, já nos encontramos longe daqui

E, apesar dessa distância já entendemos e ouvíamos juntos as estrelas.