segunda-feira, 25 de abril de 2011



Ele passou pelo lado de fora do café
Ela já esperava sentada na mesa do canto
Ao barulho do blues e da trinca de chaves na mesa de vidro, seus pés faziam um feio sapateado no chão de madeira do lugar que não estava cheio,
O barulho do sino e uma volta completa na velha porta vermelha que carregava uma placa, “aberto”
Ele entrou, sentou-se de frente a ela que ainda de cabeça baixa enxugava seus olhos, sua boca era vermelha, sua pele era pálida escondida por seus cabelos negros e curtos,
Ele a olhava... Morno, sem coragem.
Ao triste som de Beirut, o anel deslizou do anel do dedo da moça e pousou delicadamente na frente do rapaz.
Olhos cerrados, banhados por lágrimas, imóveis e desafiadores.
O ambiente era o nada, não havia palavras, não houve discussões.
Benjamim gostava dela, mas Dorah sabia muito bem que não era ela que o moço amava...
Ela odiava conveniência.
Mas uma vez houve um barulho de sino e um giro na velha porta
Dessa vez, ela saia.
Sem dizer adeus, sem dizer absolutamente nada.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A paixão é uma droga



Não, meu caro
Não é o coração,
É a hipófise que se abre liberando Oxitocina.
Hedonismo exacerbado.
Não é nada espiritual
É a Dopamina e a Endorfina,
Entrando em ação.
Aumento da pressão sangüínea
Dores no coração
Aumento do metabolismo
Sensação de opressão
Nervosismo e dependência,
Perda da razão
Aumenta a adrenalina
Obsessão, loucura, discussão
Prende sua mente, libera a alma,
Fonte de erudição
Aumento o fluxo de risadas
Descontrole de conversas chulas
Mas, não tardas a um fim
A doença tem sua auto-cura
Não demoraras tanto tempo assim
Pois envolve o tempo à uma desordem
Que cansa e machuca, cairá em si.
Que é melhor seguir sozinho.







eu revolts aos 17 anos,
se alguém entender de fisiologia, não me mate... (nem tudo que está escrito acima é regra para mim ;D)