segunda-feira, 21 de abril de 2014

Pelo lado de dentro de casa...

 eu escutava algo que se arrastava lá fora, aproximei-me devagar da velha porta e pressionando o rosto contra a frieza da noite, encostei meu olho pelo buraco da fechadura. Naquele momento, me arrependi de estar ali.
Diante daquela visão, as mãos começaram a ficar trêmulas e frias, o medo sucumbia meu corpo, que não conseguiu se mover ao sentir o sopro ao pé do ouvido direito, não havia saída.
O que se arrastava ficou de frente para a porta, e apesar de não ter visto olhos em seu rosto... Ele me observou.
E sem ver seus lábios, eu sabia que ele sorria... Um sorriso gelado
Um presente para mim.




O diário de um passageiro