eu escutava algo que se arrastava lá fora,
aproximei-me devagar da velha porta e pressionando o rosto contra a
frieza da noite, encostei meu olho pelo buraco da fechadura. Naquele
momento, me arrependi de estar ali.
Diante
daquela visão, as mãos começaram a ficar trêmulas e frias, o medo
sucumbia meu corpo, que não conseguiu se mover ao sentir o sopro ao
pé do ouvido direito, não havia saída.
O
que se arrastava ficou de frente para a porta, e apesar de não ter
visto olhos em seu rosto... Ele me observou.
E
sem ver
seus lábios, eu sabia que ele sorria... Um sorriso gelado
Um
presente para mim.
O diário de um passageiro
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