terça-feira, 8 de março de 2011

Som sem letras

Na rua, na balada
Num carro de noite.
O som sem letras e de melodia barata
Ecoa no silêncio na madrugada
Os ouvidos são obrigados a acolher
O lixo intoxicante sem nenhum prazer
Na má educação e na falta do ler
Fazem soluções de palavras cruas na desordem desatinada
Um barulho de uma sexta-feira na Avenida Paulista
Com inúmeros preconceitos para com a alma feminina
E sendo que essas mexem seu corpo numa dança horrenda para baixo e para cima,
Desconhecendo os grandes poetas...
De toda essa desgraça,
Sem nenhum dom,
O som sem letras e de dança doentia
Alinhados aos sons guturais ritmados que deixam a massa alienada louca a requebrar,
É um gosto desgostoso
Como um vírus, que erroneamente se espalha
Na Rua, na balada
Ridicularizada, por existir
A alegria exagerada incentivada pela ignorância
Som sujo, som podre na praça.
Movida por porcarias que vão ao ar
No capricho e pela “capricho”
Pelo “gimme more”,” gimme more”
Sem nenhuma noção.
O som continua a ecoar
Quando na verdade não existe nenhuma canção.

4 comentários:

  1. "O som continua a ecoar
    Quando na verdade não existe nenhuma canção."

    Será mesmo? O grande Friedrich já havia de dizer: "E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."

    ResponderExcluir
  2. P.S.: O nome mudou, o endereço mudou. A alma, permanece.

    "Isto aquece o coração"

    ResponderExcluir
  3. "E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."

    Eu também posso escuta-la,
    mas sinceramente, eu não chamo o lixo convertido em som, de canção.

    ResponderExcluir
  4. Deni, você é inteligente demais para levar Nietzsche ao pé da letra.
    E sabe disso. =D

    ResponderExcluir