sábado, 11 de setembro de 2010


Quando criança, daquelas que brincavam no quintal de casa, usando vestido rodado e duas tranças na cabeça,
Adorava bonecas, cores, bolos e doces, gostava de ir para casa da vovó comer chocolate e brincar com a terra, assistia desenhos todas as manhas, assim que chegava da escola... Onde a esperada hora do recreio era esgotada no parquinho, no sobe- e- desce da gangorra, e no girar da ciranda de roda.
Ciranda essa que rodou junto com o tempo, mudando e aumentando a pequena menina que hoje já é quase mulher. Que não tem a mesma casa para brincar no quintal, os desenhos? Não são mais os mesmos, são sem graça para ela, a casa da vovó hoje é o céu, e dela ficou um monte de lembranças, e um amor que nunca acaba. Ursinhos de pelúcia perderam sua atenção, para esmaltes, cremes e pentes.
E é uma pena, é doloroso saber que não pode voltar que as mudanças são constantes e que sair da infância, é só uma delas, e que muitas ainda virão. Mudando-nos, nos transformando, nos fazendo sofrer, chorar, sorrir. Pessoas amadas partirão, outras virão, ganharemos amigos, perderemos outros, um ciclo que não acabará, enquanto seu coração bater.

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