quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Escape




Meu mundo é inteiro
Meu mundo é profano, nele tudo habita
Meu mundo me machuca e machuca os outros
È o clarão e a cor da meia noite
Eu me disfarço em meio à toda a frustração
Coisas invadem minha mente, domina o meu corpo, e a dor acaba.
Volta mais tarde por isso preciso de estar em casa,
Meu mundo tem homens, têm mulheres, minha mãe, minhas irmãs, têm eu mesma
Tem objetos, tem travesseiros.
A melancolia vem,e as gotas caem
Não me peça para parar,
Meu mundo me inunda, e eu perco o ar
Há uma falha na Hematose, os alvéolos param de funcionar
É forte e é fraco
Esse mundo é viciado,
Estou rodeada de pessoas, e estou só.
Mundo alterado, mundo físico, mundo abstrato
Os visitantes somem nas melhores horas
Na hora da perturbação, o lápis negro desliza rápido
Meu corpo anda cansado,
Mundo pela metade, por causa de uma falta
Sumo ,surto, volto
Quero cair, quero ir embora
O esfíncter se abre, fluxos e refluxos.
Enjôos e remédios. Nada de emoções fortes,é proibido... Dizia para mim o doutor com cara de desenho animado,
Mundo sem tempo. Sem ordem. Sem destino
Eu vou, eu volto
Escuto o barulho... É o som do relógio na sala velha.
É o som do tempo em minha cabeça confusa e louca.
Ajuda-me?
Mundo da morte, da falta de fome, sedento, mas não era de água, de amor quem sabe.
Mundo vadio, mundo desprovido
Mundo meu, de onde me despeço e me desfaço
Onde em meio às águas salgadas me despedaço.

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